quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

As doce chaves de Basilio Valentim

Chave I

Que a esposa pudica seja unida a seu esposo. 
A coroa do rei, feita de um metal flavo. 
Libra a continuação do rei a fome de um lobo vivaz. 
Faz isso três vezes e consume ao lobo por um fogo muito violento. 
O rei sairá com isso puro de mancha e de sua próprio sangue te poderá renovar.


Chave II

Deixada as suas vestiduras, que o Sol com Diana 
Sejam tiradas suas roupas um e o outro, para o himeneo desejado, que dois lutadores se faça o precioso banho da esposa, para que ela lave nele seu corpo em atenção ao esposo os combatentes combaterem, e quando seu ardor marcial tenha cessado, terão um belo troféu de seu luta.


Chave III

Proveniente da rocha, que o dragão gelado seja unido à águia: 
Um queimará suas penas, o outro fundirá suas neves. 
Preserva bem teu enxofre com o sal celeste para que o galo devore à raposa maliciosa. 
O pássaro afogado na onda retomará vida ao fogo, e por sua vez morrerá sob os dentes da raposa


Chave IV

Toda carne aqui abaixo, provem da terra, 
Em pouco tempo retornará às cinzas; 
O sal sairá dali, por meio da qual reaparecerá ao dia a carne assim dissolvida, tu que desta maneira queres ver as formas passadas, entrega ao sal ao mesmo tempo o enxofre e o mercúrio.


Chave V

A terra por ela mesma não produz nada, é o espírito quem abastece e sustenta a vida. 
Toma sua origem dos astros luminosos. 
Dali todos os metais extraem suas qualidades. 
A pedra Hercúlea se une com amor ao ferro, 
Assim, nosso leão ama a nosso mercúrio.


Chave VI

Fêmea e macho unidos fazem germinar a semente. 
Que então Netuno prepare os banhos requeridos depois de que o macho duplo devore um nevoso cisne com a finalidade de que os dois percam e recobrem sua vida, quatro ventos soprarão e o rei, pelo fogo, se unirá cheio de amor, a sua esposa querida.


Chave VII

Primavera, verão, outono, água, sal dos Sábios. 
Compõem nosso caos ao esquentar ao sol. 
Se contudo, dos astros, no tens colocado pesos justos, Nenhuma propícia brisa cumprirá teus desejos. 
Do firme selo de Hermes, fecha o vidro, por temor a que tua matéria não seja presa do errante vento.


Chave VIII

Para se apodrecer as sementes à terra se confiam. 
Nossos corpos são colocados no túmulo, mas para sair de novo.
Assim, todos os elementos se encontram em cada um, si tu podes, como convéns, de um extrair os outros. 
É isto o fim da obra, a meta de todos os trabalhos; 
Se o tens ajustado bem, obterás disso a chave.


Chave IX

Faz que de um triplo coração cresçam três serpentes vivas, Depois tranca-as juntas no recipiente de cristal. 
Venus faz admirar a graciosa cola do pavão, e alegra teus olhos com um cisne branco como a neve. 
Favorito de Saturno, um corvo preto seguirá, e depois da asa da águia apresentará suas plumas.


Chave X

A lua ajuda a Hiperião com seus raios. 
Mercúrio sofre ol dano, e ele perecerá se no lhe dá prontamente seu Jamsuf. 
Você, que compreende este verso, agradece a Jehovah. 
De que um tal entendimento seja outorgado aos mortais.


Chave XI

Como Orfeu a Eurídice, o  irmão desposará à irmã, e de seus corpos se verterá o sangue. 
Junta-a ao humor cálido do pai e da mãe, depois fecha com cuidado o globo dos Adeptos. 
Então o fero leão de prolífico corpo. Contemplará, feliz, sua numerosa prole.


Chave XII

Se o leão generoso devora a serpente. 
Mercúrio te dará flores a milhares. 
A pedra sem fermento não pode produzir ouro, mas tingirá muito unida a ele por ingresso. 
Por ela verás todo o que está oculto, 
E Deus será propicio para satisfazer teus desejos.




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